quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A vida é bela

Toda criança é uma promessa de felicidade
e amor.
Tenham nascido aqui ou do outro lado do
planeta, todas as crianças são um pouco nossas.
Temos responsabilidade sobre elas porque
são parte do mundo, parte de nós mesmos, são
o fruto de nossa História e de nossas esperanças.
E são grandes as esperanças que nutrimos
em relação às nossas crianças.
Imensas esperanças sobre ombros aparentemente
tão frágeis...

Frágeis? As crianças têm poderes dos quais nos
esquecemos: só elas são capazes de alcançar as
estrelas, encontrar o Pequeno Polegar e conversar
com Deus de igual para igual. E, para
elas, a vida compreende muitos “eus”, muitas
vidas. Se olharmos de perto, mesmo na explosão
de riso de uma criança transparece um
fragmento de eternidade, uma brecha na realidade,
um “buraco branco” onde o tempo se
detém, onde a energia invade o espaço.
Como se fosse preciso ser uma criança, com
boa dose de inocência e espontaneidade, para
poder se aproximar do indizível, do invisível,
do “tudo é possível ”.
Vamos fazer de conta que somos crianças
novamente.

Podemos começar nos abaixando para ficar
bem na altura dos olhos delas. Precisamos
redescobrir no fundo de nós mesmos a criança
que sempre fomos, recuperar a curiosidade
e contrariar o ditado: “Se o velho pudesse e o
moço soubesse, não haveria nada que não se
fizesse.” Apenas por um instante, só a tempo
de perceber a trilha a percorrer, o novo caminho
a seguir.
A tempo de inaugurar idéias e rumos ao
mesmo tempo inesperados, alegres e audaciosos
a fim de embelezar, maravilhar e trazer o
encanto de volta à nossa vida. A tempo de ter
coragem de utilizar as chaves à nossa disposição
desde a infância do mundo.
Finalmente, a solução talvez seja uma brincadeira
de criança.

Temos que devolver o poder à infância, especialmente
à criança adormecida dentro de nós.
Vamos deixar de lado as idéias prontas, concebidas
para todos e boas para ninguém. Vamos
reaprender a silenciar nossos pensamentos, a
ouvir o sussurro de nossa consciência, a escutar
nosso coração.
Vamos descobrir nossa sabedoria profunda, a
sabedoria da infância. Para nós. Para nossos
filhos. Para evitar o caos, amenizar as feridas
do mundo, reinventar um amanhã mais belo.
Depois podemos voltar a fechar rapidamente,
trancando à chave, a caixa de Pandora.
É apenas um sonho? Mas sonhar já é o primeiro
passo... E somos cada vez mais pessoas
a partilhar esse mesmo sonho. Aqui e do outro
lado do planeta.

Que os ventos sejam favoráveis e os levem à
realização de seus desejos. E, sobretudo, vivam
bem...

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